Alcácer do Sal, 28 de janeiro de 2012 passeio fotográfico, organizado pela Secção de Fotografia da Sociedade Filarmónica Alpiarcense - 1º de dezembro.
Fotografias aos rodos no 1º Passeio Fotográfico
Eram quase dez da manhã do passado 28 de janeiro quando o autocarro e viaturas particulares chegaram a Alcácer do Sal, perante um sol primaveril mas com uma temperatura bem invernosa. O mercúrio não ia para além dos 8° C.
Estava a começar o 1º Passeio Fotográfico Alcácer – Carrasqueira, promovido pela Secção de Fotografia da Sociedade Filarmónica Alpiarcense 1º de Dezembro. Compareceram à chamada 55 passeantes, não só de Alpiarça, mas também de Castelo Branco e de Lisboa, passando por Tomar, Abrantes, Almeirim, Santarém e Portalegre.
A receber este grupo de entusiastas da fotografia estavam elementos do Turismo de Alcácer do Sal, cuja autarquia apoiou a iniciativa, assim como uma pequena merenda oferecido por outro apoiante, o Pingo Doce.
Com o mais diverso tipo de máquinas, umas, autênticas bazucas (com camuflado e tudo), outras, a caber num bolso de umas apertadas calças de ganga (deixando envergonhado os das ... bazucas), ala, que eles aí vão. Pelas margens do Sado, pelas ruelas da parte velha de Alcácer, uns direito à igreja de Santiago, outros mais entretidos com pormenores de fachadas, outros ainda à procura da capela das onze mil virgens, quase todos até lá acima, à igreja de Santa Maria do Castelo, as máquinas disparavam a torto e a direito, a registarem olhares e emoções.
De permeio, para ver, conversar e fotografar uma velha senhora que, num lavadoiro, junto à Fonte Nova, datada de 1721, fazia aquilo que já raramente é observado nos dias que correm: lavar roupa à mão, num espaço público. Ou observar numa loja, na baixa de Alcácer, dezenas de antiquíssimas telefonias e transístores, capas de velhos discos de vinil e de muitas outras preciosidades ou ainda, mais adiante, meter conversa com vendedoras do mercado.
Após o almoço, o destino foi o porto palafítico da Carrasqueira, já na Reserva Natural do Estuário do Sado. Rezam os roteiros turísticos que é humanamente povoada desde há cinco mil anos.
E por aí se ficou, à espera da maré cheia e do pôr do Sol. Segundo a voz de um pescador, nunca se tinha visto tanta máquina fotográfica junta naquele emaranhado de passadiços, assentes em estacas, algumas mais para lá do que para cá.
As horas ali passadas foram de bela confaternização não só entre passeantes, mas também com pescadores que, aqui e ali, não se fizeram rogados em contar experiências de vida e ensinamentos sobre a faina e a fauna marítimas.
E como nem só da pesca vive a Carrasqueira, já lusco fusco, os fogachos de uma queimada de restolho nos canteiros de arroz, ali mesmo ao lado situados, foram outro motivo de registo fotográfico. E como as emoções não podem estar dissociadas do registo das imagens, mais uns quantos dedos de conversa com o agricultor.
A cada participante vai ser solicitado o envio de uma fotografia à organização do 1º Passeio uma vez que, segundo Vítor Lopes, da Secção de Fotografia, há a possibilidade de, com a Câmara de Alcácer, se efectuar nesta cidade sadina, uma exposição fotográfica.
Enquanto se espera pelo 2º Passeio, a Secção de Fotografia da “Música” tem já agendado para o próximo dia 25 de fevereiro um workshop intitulado “Para além da câmara” e, tendo em conta o sucesso que foi a 1ª Maratona Fotográfica de Alpiarça, realizada no verão passado, a Secção foi convidada a organizar a Maratona de Santarém, a decorrer em Março.
Ricardo Hipólito